Na sequência da experiência, perguntamos à Regente: No caminho da evolução é possível que em algum tempo futuro a humanidade venha como um todo obter a iluminação? Em que ponto de
evolução estamos hoje?
Com o ser humano, o natural, o
processo automático de evolução termina. O ser humano é o último produto da evolução
inconsciente. Com ele, a evolução consciente começa, porém muitas coisas devem ser levadas
em consideração.
Percebam; primeiro, a evolução inconsciente é mecânica e natural. Acontece por
si mesma. Através desta,a consciência evolui. Mas no momento
em que a consciência vem a ser, a evolução inconsciente pára, porque seu
propósito foi satisfeito.
A evolução inconsciente é necessária somente até o
ponto onde a consciente começa a ser. O ser humano tornou-se consciente. De
certa forma ele transcendeu a natureza. Agora a natureza não pode fazer nada; o
último produto que era possível através da evolução natural veio a ser.
Agora o ser humano torna-se livre para decidir se evolui ou não evolui.
No silêncio das nossas mentes decidimos evoluir. E ela continua:
Em segundo lugar, a evolução
inconsciente é coletiva, mas no momento em que a evolução se torna consciente,
ela se torna individual. Nenhuma evolução coletiva automática prossegue para
além da humanidade. Deste ponto em diante a evolução torna-se um processo
individual.
A consciência cria a individualidade. (?) A pergunta no ar e no silêncio...E ela prossegue:
Antes que a consciência
evolua, não há individualidade. Somente espécies existem não a individualidade. Quando a evolução é ainda
inconsciente, é um progresso automático; não há incerteza. As coisas acontecem
através da lei de causa e efeito.
A existência é mecânica e certa...Pensamos. E ela:
Mas com o ser humano, a consciência, a
incerteza vem a existência. Agora, nada é certo. A evolução pode acontecer ou
não. O potencial está ali, mas a escolha será totalmente com cada indivíduo. Eis por que a ansiedade é um
fenômeno humano. Abaixo do ser humano não há ansiedade por que não há escolha. Tudo
acontece como deve acontecer. Não há escolha, assim não há o escolhedor, e na
ausência deste, a ansiedade é impossível.
Quem deve ser ansioso? Quem deve ser
tenso?
Com a possibilidade da escolha, a
ansiedade surge como uma sombra. Tudo tem de ser escolhido agora; tudo é esforço consciente.
Cada escolha é definitiva, em
certo sentido. Vocês não podem deixar de fazê-la, não podem esquecê-la, vocês não
podem recuar. Sua escolha torna-se seu destino.
Permanecerá com você e será uma
parte de você; você não pode negá-la. Mas sua escolha é sempre um jogo. Cada
escolha é feita no escuro por que nada é certo. Eis por que o ser humano sofre de
ansiedade. Ele está ansioso até ás suas próprias raízes. O que o atormenta,
para começar, é: ser ou não ser? Fazer
ou não fazer, fazer isto ou fazer aquilo?
E não escolher? Não consegui me conter...
E não escolher? Não consegui me conter...
A “não escolha” não é possível.
Se você não escolhe, então você está escolhendo não escolher; é uma escolha.
Assim você é forçado a escolher; você não está livre de não escolher. A não
escolha terá tanto efeito quanto qualquer outra escolha.
Uma frase de efeito me veio à mente. Desde que ouvi-la, não mais esqueci: Nem sempre a coragem está na ação...
Uma frase de efeito me veio à mente. Desde que ouvi-la, não mais esqueci: Nem sempre a coragem está na ação...
A Regente dá prosseguimento:
A dignidade, a beleza e a glória do ser humano é esta consciência. Mas é também um fardo. A glória e o fardo vêm simultaneamente, no momento em que vocês se tornam conscientes.
A dignidade, a beleza e a glória do ser humano é esta consciência. Mas é também um fardo. A glória e o fardo vêm simultaneamente, no momento em que vocês se tornam conscientes.
Cada passo é um
movimento entre os dois.
Com o ser humano, a escolha e a individualidade consciente
vêm a sua existência. Você pode evoluir, mas sua evolução será um esforço
individual. Você pode evoluir para se tornar um Buda ou não.
A escolha é sua.
Assim, há dois tipos de evolução:
evolução coletiva e individual; evolução consciente. “Evolução” implica em
inconsciência, progresso coletivo, assim seria melhor usar a palavra
“revolução” quando se fala do ser humano. Com o homem, a revolução torna-se
possível.
Revolução, como uso a palavra aqui, significa um esforço individual a
um máximo. Só você é responsável por sua própria evolução.
Comumente o ser humano tenta fugir da
responsabilidade pela sua própria evolução, da responsabilidade da liberdade de
escolha. Há um grande medo da liberdade. No momento em que você se torna
completamente livre, você tem de tomar suas próprias opções.
Todas as alternativas estão abertas apara você. Então a luta com
a mente começa. Desta forma, o indivíduo, torna-se temeroso da liberdade.
O velho padrão de evolução
inconsciente terminou para nós. Você pode regredir a ele, mas você não pode
permanecer nele. Seu ser revoltar-se-á. O ser humano torna-se consciente; ele tem
que permanecer consciente.
Não há outro caminho.
Nos recolhemos em silêncio para digerirmos o que foi dito. Nos recolhamos.
Nos recolhemos em silêncio para digerirmos o que foi dito. Nos recolhamos.
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