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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Como o Arco e o Violino

Neste encontro com a Regente, ouvimos o começo desta história...

Uma Lenda em tempo Real


Misha é então uma menina. Filha do Senhor dos Cavalos.  Um Yogui que depois de ter servido anos e anos, é abençoado com uma filha. uma encarnação da Mãe Divina. Um poder de Luz e Beleza entre os humanos. Será um exemplo erguido para ser visto, não só pelo curto tempo de sua vida, mas por séculos, milênios, idades. E Misha  nasce bela, branda profundamente perspicaz, identificada com toda a Criação. A Lua, O Vento, O Sol, Os Pássaros,  As Flores, As Árvores, As Pedras, As Nuvens, A Terra, O Céu, As Estrelas, A Cachoeira, O Rio, A Mar, A Chuva! Os Animais, Os Devas, Os Seres. Com Tudo. 

Falava e entendia a linguagem das Criaturas. Misha é supremamente inteligente e intuitiva, de Consciência erguida, fina  e forte de uma só vez, centralmente Criativa e Brilhante. Conforme cresce, ela é entre os que a rodeiam como uma flor de outra estrela. Outro astro no meio de campo de flores comuns. É o encanto que se irradia dela tão puro e ardente. É o ser que nela reside e a rege que quando buscou-se o companheiro, nenhum ousou-se aproximar-se. De tão única, luminosa, penetrada por beleza e consciência incomuns que ela É. 

O senhor dos cavalos recebe em sonho indicação de que Misha deveria partir. Encontrar em certo lugar o companheiro destinado para seguir o Caminho da Missão assumida com a Regente. Assim, ela vai e vai reconhecendo os países, os povos, seus costumes, tradições, mitos, crenças e culturas. Ela vê, contempla e acolhe em si, cada vez mais profundamente em si a Natureza. Chega um dia assim a uma grande floresta, e anda, adentra e ali na luz do dia do sol, na virgindade do mundo, ela encontra um jovem, Antuk e Ela, Misha sabe que é ele. E Ele, Antuk, sabe que é Ela.

Não há pergunta. É imediato. Juntos devem estar em União para realizar a Missão assumida antes da descida. Há um grande admirar-se de um diante do outro, e há a grande gratidão e alegria, de que foi dado aos dois reencontrarem-se. Antuk é um líder que foi banido do seu dever. Por intrigas, traição. A força bruta e o poder do falso imposto ao justo e certo, ignorando a verdade, ou tentando derrubá-la. Antuk então, desapegado e livre, vive numa cabana desta floresta, e Misha juntou-se a Ele.

Um Rish, sábio de poderes espirituais, aparece quando Misha retorna ao Reino do Senhor dos Cavalos para informar -lhe ter encontrado seu companheiro, e vê que Antuk terá que morrer daqui um ano, determinação do carma. Mas Misha nem por um instante duvida do seu destino e decisão. Ela e Antuk estariam unidos, vivos ou mortos. Misha segue de volta à Floresta , sem contar a ninguém o que lhe foi revelado. 

Isto fica guardado nela. Na gruta secreta do seu coração. Lá seguramente protegida e sustentada pela mais íntima consciência que sabe ser unida ao Divino, e que então determina entregar-se com alegria cada vez maior, à força, à Sabedoria e Vastidão do Amor do mais Alto, e deixá-lo fluir com uma pureza cada vez mais através de Si, para assim tornar-se capaz de vencer e transformar tudo, também a morte, se isto for preciso, e É. 

Assim, a cada dia ela reúne-se cada vez mais, concentra-se cada vez mais, acumula mais e mais em si, a luz de cima, a Graça de cima. Ela mais e mais entrega-se à Mãe Divina com o Senhor Supremo. Ela vive mais e mais de uma só fonte, que é o Amor e a verdade. E assim ela consegue despojar-se do destino meramente humano do incidente de ser pessoa, de ser mulher, embora ela aceite seu papel existencial particular co humildade, e corresponda a isto em sua vivência, sendo muito amorosamente presente, muito prestativamente, muito servilmente, companheira e filha. 

Mas sabe Misha, é colocado para ela tornar-se tanto um ser humano pleno como simultaneamente uma Deusa, um Deus. No fim, tornar-se Deus, Ele mesmo.

Chega o dia. Misha para experimentar suas forças, para dar-se provas da Presença dos Poderes Divinos nela, põe-se antes, durante três dias e noites, em pé. E permanece assim sem comer, sem falar, sem repousar e sem enfraquecer. Ela se dar a certeza desta maneira, de que a decisão do seu ser, sua vontade de não admitir a morte de Antuk em si, está inteira nela. Na manhã seguinte Antuk vai para a Floresta e Misha pede que ele a deixe acompanhá-lo. Seguem juntos e após certa caminhada, Antuk se senta cansado. 

Misha senta-se no chão e Antuk acomoda a cabeça em seu colo, fala poucas palavras, admirado sobre o que sente, cala-se e morre. Misha tirando os olhos dos olhos de Antuk erguendo-os, vê Yama, o senhor da morte. Ele está lá, no meio da luz e do sol, diante dos dois, grande e belo, diferentes das imagens repelentes que a mente humana em tantas culturas e crenças deu à morte, correspondendo à incompreensão do porque do fenômeno da transitoriedade da vida humana, a agonia diante do apagar-se inevitável da energia vital manifestada, e de tudo que a partir dela se criou e por ela sustentado.

Yama é filho do Deus do Sol da Verdade. 
Yama então fala para Misha, surpreendendo-se sobre a beleza e Presença dela diz:

Desprenda-se da alma de seu companheiro, ele tem que ir comigo agora.

Ela já sabendo qu não é este momento de luta e conquista, desprende-se da alma de Antuk e se levanta. Yama sai, a figura transparente do ser psíquico de Antuk a seu lado. E Misha vai atrás. Então Yama diz:

Isto não pode ser. Estamos indo para um lugar, uma região que não é para os vivos e a sua hora de ter pátria lá ainda não chegou. Fique aqui. E Misha responde:

Jamais! Antuk e Eu somos Um. Sem mim ele não parte. Impossível eu não seguir. Assim um diálogo se inicia entre Yama e Misha, e ela responde as suas colocações e perguntas de maneira tão feliz e abençoada, de maneira tão grande luminosa, que ele sempre de novo se sente tocado no mais fundo do seu coração, e sempre de novo se admira sobre tanta beleza de espírito, sobre tanta graça de espírito, sobre tanta pureza e alteza de intuição, sobre tanta luz e sempre de novo ele diz, após um fecho intermediário do diálogo:

Ninguém me falou assim até agora. Escolha alguma coisa, deseje alguma coisa, e o que   
desejar será cumprido. Só a alma do seu companheiro não posso lhe dar. Com isso seria violentada a ordem divina, a ordem do mundo, a ordem cósmica, pois este ´o momento de Antuk ir comigo.

E assim Misha escolhe que a terra retorne às mãos justas e que então a humanidade tenha regência, um governo de justeza, amor e alegria. E cada vez que ela diz o que escolheu, Yama sorri e diz já está cumprido. Assim eles chegam até a beira, à margem desse mundo, a fronteira entre ele o mundo dos que deixaram o corpo. O mundo do qual Yama é Rei. 

É uma região oculta à nossa percepção e imaginação. Um mundo além das possibilidades da consciência humana. Uma vastidão sem apoio, sem solo, sem matéria e formas fixas e concretas. Sem delimitações com sua luz própria. Uma luz muito diferente da luz da terra. E Yama diz: 

Misha agora você tem voltar, pois neste reino não há onde você pisar. Não há onde pé mortal possa colocar-se. Não há sustento, não há fundamento. Não há lugar para o corpo terrestre aqui. mas com Misha está uma sabedoria, um poder maior. Ela não é mais ela, Ela é mensageira do Absoluto. Ela é a mensagem. Ela é a luz maior, ela é o Amor, Ela é a santidade, Ela é o Divino. 

Ela é sua própria missão, que não foi escolhida por ela, mas dada a ela pela Mãe Divina, pelo supremo, e sem hesitar ela levanta o pé e põe no reino da morte. Ele não se afunda. Ela anda no ar, na neblina sem fim, na substância aterrestre que compõe este reino. E então diálogos finais entre Yama e Misha.

Palavras sobre coisas últimas: A VIDA, A MORTE, A SABEDORIA, O CONHECIMENTO, O AMOR, DEUS.

E naquilo que ela diz fala para ele, Yama, tão diretamente a voz, a melodia, a doçura irresistível do Divino, que no fim, só resta uma coisa para ele. Devolver, Confiar a alma de Antuk a Misha. e ela vai em segurança com a alma de Antuk. Ela retorna com Antuk. Ela sabe. Ela leva. Ela vence. E de repente, a cena inicial:

Ela sentada no chão, no meio da floresta, e Antuk tem a cabeça em seu colo. Só que ao invés de ser a manhã do dia, já é a tarde ao anoitecer. Os últimos raios de sol estão ao redor dos dois e Antuk acorda e diz:

Oh! Dormir, sonhei e pareceu que nós dois estávamos viajando para longe, muito longe. Para dentro de muita luz, guiados pela Graça por regiões reinos, e terras desconhecidas, estranhas...mas eu não me lembro mais exatamente. Só sei que mais do que nunca, somos Um. Que nada mais poderá nos separar. E Misha diz:

Sim Antuk, mas agora temos que voltar à casa. Já é tarde. Então se levantam e vão. E no caminho encontram muita gente, cavalos, elefantes, animais, música, crianças, muito movimento. E o povo veio buscar Antuk como líder, Governante.

Misha e Antuk seguem para a partir daí governarem e regerem como o Deus Sol, seu povo, ajudando a viver em busca de aperfeiçoamento e harmonia, despertando cada vez mais para Deus, e desta maneira aceitam e assumem plenamente o lugar particular, limitado destinado a eles para a sua realização existencial. 

Concordam com o trabalho de criar condições de vida digna para certo número de pessoas, para seu povo. Colocam-se conscientemente na realidade do mundo.

É um Decreto, sussurrou a Regente.

Consiste em agir em um lugar determinado, em uma posição determinada, em circunstancias determinadas, cumprindo tarefa modesta e concreta. Trabalhar de modo real na humanidade. No ser, com o ser, em prol do todo. Asé. 

Capitulo II
Depois de muitas horas de silêncio

Antuk durante a experiência de transição de planos, permaneceu em silêncio, observando as paragens daquelas terras distantes e desconhecidas. Durante o caminho de retorno à casa começou uma conversa:

Misha, caminhei muitas léguas, tirei a bandeira da guerra do meu estandarte e pus a pomba branca, para chegar até ti...Misha, a farda ainda está suja dos restos das impurezas humanas, mas vejo que corre nesse bosque, um lindo rio, onde me lavarei e despojarei minhas antigas vestes, assim posso vislumbrar teu colo e tuas caricias sinceras e afetuosas, num novo corpo de paz e de roupas limpas.

Quero sentir nos ouvidos sua suave voz melodiosa e sincera que canta como os pássaros da aurora, curadores do amanhecer. Pega nas minhas mãos e estende aquela toalha de luz, embaixo daquela árvore frondosa, para que possamos falar de coisas boas que vivemos antes da guerra. Vendo da nossa varanda o horizonte infinito de paz.

A guerra esmaga o ser que esta em paz e o provoca.  A guerra chegou ao fim, me deixa deitar aos seus pés e diz: Com palavras do coração uma oração com toda a ação do meu pequenino Amah. Carrega a esperança nos braços e faz dela um instrumento de tua luz. Só aqui nessa casa simples pude encontrar a floresta virgem que paira dentro de nós, 

Poem em mim, junto a ti, essa brisa que passa entre as sábias árvores que florescem na primavera e colorem as nossas almas ávidas por encontrar um caminho que leve, a cachoeira do sossego. Fica lá comigo e me deixa deitado em ti. Ô Misha, quem sabe lá, nesse manto de luz branca encontremos a paz que me trouxe até aqui. Quando digo Eu sou Deus dentro de ti.

Misha me limpa com Sálvia e me banhas com alfazema e viveremos juntos por toda a eternidade. Antuk deita aos seus pés e adormece...

Preâmbulo

Antuk vem da Africa,
Misha filha da India.

Nele a força dos guerreiros governantes, nela a sabedoria dos aromas dos sacerdotes.

Ele a astúcia altruísta, Ela o amor naturista. Vão da luz a escuridão, Trazendo em nós o amor e a gratidão.

Jacó orientou Antuk, Fenícia iniciou Misha, a confederação os recebeu afirmando: tens a estrela prateada na testa, no peito e nas mãos, cumpram suas tarefas cósmicas. Pois sabes: Em irmandade estamos na fé, na luz, na paz, na proteção, na cura, na unidade, no amor, no perdão, na reconciliação, na caridade, na transmutação e na fraternidade. agora e para todo sempre Amém.

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