Somos Um com o Universo

Nome

E-mail *

Mensagem *

domingo, 30 de março de 2014

Nesara

                                                    


Quando a mente humana medianamente pensa sobre infinitas possibilidades, fica que nem pássaro engaiolado a se debater nas grades da sua prisão.

Ao contrário, a mente superior livre na sua infinita eternidade, embala na frequência das infinitas possibilidades, a Fé em Ação.  



terça-feira, 25 de março de 2014

Epifania

DOMINAÇÃO
Dominava de tal forma a consciência de outrem
Que era como se lá habitasse
E contra ordens
A andar em círculos
Ameaçadoramente
Com o dedo em riste
A vociferar
Blasfêmia
Iníquas

RAZÃO
Aonde está a cara razão
Em qual cabeça e coração
Arrasa e palpita 
A clara razão

OUTDOOR
O outdoor
Apela e Implora
A direita
E a esquerda
Do passante coração
Corrobora
A navegar nas estrelas
Do crepúsculo
Ao nascer da aurora

AMIGO
O único amigo leal
Absolutamente legal
Somente
O Logos
Jesus Cristo
Rei dos Reis
O Tal
Ressuscitado
Nas violetas nuvens áureas do Céu

MOMENTO
 Num momento
Reina a Paz
Noutro
A Guerra
Natural desdobramento
De Amor e Ódio
Em estranhamento

AMOR
O coração do Amor
Bate no peito puro
Aberto
Que o convidou
Amorosamente
A adentrar
No leito
Palpitante
Do seu paraíso doce
Bombar

 GUERRA
 É coisa
Suja
Longa
Só acaba
Quando
Terminantemente
Não é iniciada

LÁGRIMA
As lágrimas tuas
Afluem de um Olho dágua
Salobra
Da pedra
Que é o teu coração natural

quarta-feira, 12 de março de 2014

A Menininha dos Fósforos



Era véspera de Ano Bom. Fazia um frio intenso; já estava escurecendo e caía neve. Mas a despeito de todo o frio, e da neve, e da noite, que caía rapidamente, uma criança, uma menina, descalça e de cabeça descoberta, vagava pelas ruas. 

É certo que estava calçada quando saiu de casa; mas as chinelas eram muito grandes, pois que a mãe as usara, e escaparam-lhe dos pezinhos gelados, quando atravessava correndo uma rua, para fugir de dois carros que vinham a toda...

Não pôde achar um dos chinelos e o outro apanhou-o um rapazinho, que saiu correndo e declarando que aquilo ia servir de berço aos seus filhos, quando os tivesse. Continuou, pois, a menina a andar, agora com os pés nus e gelados. 

Levava no avental velhinho uma porção de pacotes de fósforos e tinha na mão uma caixinha: não conseguira vender uma só em todo o dia, e ninguém lhe dera esmola - nem um só vintém.

Assim, morta de fome e frio, ia se arrastando penosamente, vencida pelo cansaço e o desânimo - a estátua viva da miséria.

Os flocos de neve caíam pesados, sobre os lindos cachos louros que lhe emolduravam graciosamente o rosto; mas a menina nem dava por isso. 

Via, pelas janelas das casas, as luzes que brilhavam lá dentro; vagava na rua um cheiro bom de pato assado - era a véspera do Ano Bom - isso sim, não o esquecia ela.

Achou um canto, formado pela saliência de uma casa, e acocorou-se ali, com os pés encolhidos para abrigá-los ao calor do corpo; mas cada vez sentia mais frio. 

Não se animava a voltar para casa, porque não tinha vendido uma única caixinha de fósforos, e não ganhara um vintém; era certo que levaria algumas lambadas. 

Além disso, lá fazia tanto frio como na rua, pois só havia o abrigo do telhado, e por ele entrava uivando o vento, apesar dos trapos e das palhas que lhe tinham vedado as enormes frestas.

Tinha as mãozinhas tão geladas... estavam duras de frio. Quem sabe se acendendo um daqueles fósforos pequeninos, sentiria algum calor? Se se animasse a tirar um ao menos da caixinha, e riscá-lo na parece para acendê-lo... 

Ritch!... Como estalou, e faiscou, antes de pegar fogo! 

Deu uma chama quente, bem clara, e parecia mesmo uma vela, quando ela o abrigou com a mão. E era uma vela esquisita, aquela! 

Pareceu-lhe logo que estava sentada diante de uma grande estufa, de pés e maçanetas de bronze polido. Ardia nela um fogo magnífico, que espalhava suave calor. 

E a meninazinha ia estendendo os pés enregelados para aquecê-los e... crac!

Apagou-se o clarão! Sumiu-se a estufa, tão quentinha, e ali ficou ela, no seu canto gelado, com um fósforo apagado na mão. Só via agora a parede escura e fria.

Riscou outro. Onde batia a sua luz, a parede tornava-se transparente como a gaze, e ela via tudo lá dentro da sala...

Estava posta a mesa, e sobre a toalha alvíssima via-se, fumegando entre toda aquela porcelana tão fina, um belo pato assado, recheado de maçãs e ameixas. 

Mas o melhor de tudo foi que o pato saltou do prato e, com a faca ainda cravada nas costas, foi indo pelo soalho direto à menina que estava com tanta fome, e...

Mas - que foi aquilo? No mesmo instante acabou-se o fósforo, e ela tornou a ver somente a parede nua e fria, na noite escura. 

Riscou outro fósforo, e àquela luz resplandecente, viu-se sentada debaixo de uma linda árvore de Natal. Oh! Era muito maior, e mais ricamente decorada do que aquela que vira, naquele Natal, ao espiar pela porta de vidro da casa do negociante rico. 

Entre os galhos brilhavam milhares de velinhas; e estampas coloridas, como as que via nas vitrinas das lojas, olhavam para ela. 

A criança estendeu os braços, diante de tantos esplendores, e então, então... apagou-se o fósforo...

Todas as luzinhas de natal foram subindo, subindo, mais alto, cada vez mais alto, e de repente ela viu que eram estrelas, que cintilavam no céu... 

Mas uma caiu lá de cima, deixando uma esteira de poeira luminosa no caminho.
- Morreu alguém - disse a criança.

Porque sua avó, a única pessoa que a amara no mundo, e que estava morta, lhe dizia sempre que quando uma estrela desce, é que uma alma subiu para o céu. 

Agora ela acedeu outro fósforo; e desta vez foi a avó que lhe apareceu, a sua boa vovó, sorridente e luminosa, no esplendor da luz. 

- Vovó! - gritou a pobre menina - Leva-me contigo... Já sei que quando o fósforo se apagar, tu vais desaparecer, como se sumiram a estufa quente, e o rico pato assado, e a linda árvore de Natal! 

E a coitadinha pôs-se a riscar na parede todos os fósforos da caixa, para que a avó não se desvanecesse... 

E eles ardiam com tamanho brilho, que parecia dia, e nunca ela vira a vovó tão alta, nem tão bela! 

E ela tomou a neta nos braços, e voaram ambas, em um halo de luz e de alegria, mais altoo, e mais alto, e mais longe... longe da terra, para um lugar lá em cima onde não há mais frio, nem fome, nem sede, nem dor, nem medo, porque elas estavam agora com Deus.

terça-feira, 11 de março de 2014

Hora de Poder


O verdadeiro Poder nada mais é do que o reconhecimento e o Uso adequado de todos os nossos próprios aspectos, Dons e habilidades. 

É muito importante Entrar no Silêncio, e sentir cada dia a hora do Poder, para que ela consiga permear e nutrir o Corpo, a Mente e o Espírito.

Existe um ponto zero de equilíbrio que é a pausa existente entre a inspiração e a expiração... 

Trata-se de um espaço perfeitamente neutro, cuja função é preparar o nascimento de uma nova fase de Criação...

A Hora de Poder corresponde a um Ritual de Alegria. É a hora do dia em que cada indivíduo é preenchido pela essência da vida e se sente conectado a toda Criação. 

É um momento solitário durante o qual se invoca um fluxo de energia vital e corresponde ao ritmo interno.

Agora, está sendo instado a  fazer tudo aquilo que trouxer Alegria ao Coração. A força vital está à disposição neste momento. Celebração. Celebração da Vida !

segunda-feira, 10 de março de 2014

O Silêncio que supera o Bem e o Mal * do Sufismo



 Perguntaram a um homem eminente que havia viajado muito ao redor do mundo se poderia falar sobre alguém que tivesse conhecido.

Ele respondeu:

Viajei pelos sete climas, mas no mundo inteiro não vi mais que um homem e meio...

A unidade foi um homem que morando numa casa simples não falava nada de bom nem nada de mal de ninguém...

A metade era um homem excelente nisto, que das pessoas somente falava o bem.

Enquanto o bem e o mal acompanharem o homem, não terás coração clarividente nem alma consciente; mas depois que deixes um e outro, tua alma será absorvida dentro do segredo da santidade. 

domingo, 9 de março de 2014

Governo de Si


Atributo número 9. Que diz:

Ponderar quer dizer examinar com muita atenção e minúcia...

Quem não é ponderado não pode fazer um trabalho interior... 

Sinceridade e Determinação, mesmo com as reações do nosso eu inferior...

Não desistamos de ver as coisa de todos os ângulos, mesmo com toda pressão...

sexta-feira, 7 de março de 2014

Será que seremos Redimidos?



A ciência deve paramentar-se com as múltiplas cores da verdade; seu elemento deve ser a verdade; 

Esta que deve ser seu espírito; sua maior aspiração e sua vida, para que, assim, possa ser discutido à Luz trina do conhecimento científico, filosófico e religioso; portanto, do experimento; do honesto raciocínio; e do desperto sentimento.

O que comprova uma teoria cientificamente é o fato dela não ser infalível; e o que demonstra sua utilidade é se faz sentido.


Temos o dever moral de confiar na Verdade, mas não sem buscar experimentá-La direta, correta e completamente. 

A vibração, portanto, é um estado de ser que, naturalmente, produz no Ser Humano, uma ação no seu experimentar direta, correta e completamente o real das coisas. 

Ser Humano mais do que humano exige tanto de experiência quanto de reflexão.

A reflexão é um estado de ser que, naturalmente produz no Ser Humano, uma ação no seu discernir acerca do verdadeiro caminho que se deve conhecer, sentir e seguir.


quarta-feira, 5 de março de 2014

segunda-feira, 3 de março de 2014

A Consciência do Amor

Tornar-se perfeito no próprio Eu é atingir a Consciência Infinita. 

Não é preciso buscar, fora do Eu, a perfeição. 

Conhecer mesmo um átomo nas profundezas de seu mistério é já possuir o segredo de toda a verdade. 

O átomo, em sua concretude, não pode ser conhecido dessa maneira; mas o ego, sim. 

Uma vez perseguido o ego até o seu “esconderijo” e rasgado o derradeiro véu que o isola de Deus, nada mais haverá a descobrir. 

Tempo e espaço são ilusórios. A sabedoria não brota do raciocínio meticuloso, mas, muito simplesmente, da certeza (que mora no âmago do Eu) que qual é a resposta certa. 

“Consciência de solução”, não “consciência de problema”, eis a chave da sabedoria: 

Ou seja, manter a mente focada neste aspecto superior do conhecimento já tem e pode fornecer qualquer resposta. 
A Consciência do Amor sempre resolve problemas. 

A próxima estrofe é um lembrete de que, afinal de contas, nossa força e nossa fraqueza não nos pertencem: são uma operação de energias cósmicas por meio de nossa natureza humana.

sábado, 1 de março de 2014

Um Curso em Milagres



Foi dito a ela que havia uma “aceleração celestial”. 
- O mundo não estava em boa forma, disse-lhe Jesus, o que era óbvio para qualquer um que olhasse em volta. Isso foi na metade dos anos, e o mundo parece estar ainda pior agora.

As pessoas enfrentavam muitas dificuldades e alguns estavam sendo chamados a contribuir com as suas habilidades particulares para essa aceleração celestial, como uma forma de ajudar a melhorar as coisas no mundo. 
O propósito de tudo isso é ajudar as pessoas a mudar de ideia sobre a natureza do mundo. Mais uma vez, Um Curso em Milagres é apenas um dos muitos caminhos. 

MENTALIDADE UNA - O MUNDO DO CÉU

Uma forma talvez útil de apresentar o material em Um Curso em Milagres é dividi-lo em três partes, já que o Curso realmente representa três sistemas de pensamento diferentes:

Mentalidade Una, que representa o mundo do Céu; mentalidade errada, que representa o sistema de pensamento do ego; e mentalidade certa, que representa o sistema de pensamento do Espírito Santo.

Também é útil no início que se note que Um Curso em Milagres é escrito em dois níveis. O primeiro nível representa a diferença entre a Mente Una e a mente dividida, enquanto o segundo nível contrasta a mentalidade errada com a mentalidade certa. 

No primeiro nível, por exemplo, o mundo e o corpo são considerados como ilusões feitas pelo ego. Assim simbolizam a separação de Deus.

O segundo nível tem relação com esse mundo onde nós acreditamos estar e nesse nível o mundo e o corpo são vistos como neutros e podem servir a um dos dois propósitos.

Para a mente errada do ego, são instrumentos usados para reforçar a separação. Para a mente certa, são as ferramentas de ensino do Espírito Santo, através das quais aprendemos as Suas lições de perdão. 

Portanto, nesse segundo nível, as ilusões se referem às percepções equivocadas do ego; por exemplo: ver ataque ao invés de um pedido de amor, pecado ao invés de erro.

Com isso em mente, vamos então dar início a nossa discussão dos três sistemas de pensamento do Curso. Nós começaremos com o primeiro, que é na realidade o único, e é
descrito no começo do texto como a Mentalidade-Una do Cristo ou de Deus. 

Esse é um sistema de pensamento que não tem nada a ver com esse mundo. Falarei dele brevemente agora e depois nós o deixaremos de lado porque, com efeito, não é nesse aspecto que o Curso investe o seu trabalho. É o seu suporte e fundamento, mas não é realmente onde o trabalho tem que ser feito.

A Mentalidade-Una é o mundo do Céu, o que Um Curso em Milagres descreve como Conhecimento. Uma das coisas difíceis, quando se chega ao Curso pela primeira vez, é que ele usa as palavras de um modo diferente daquele que é usado na linguagem comum. 

Ritmologia...pentamétrico iâmbico que é encontrado na maior parte do Curso é do estilo de Shakespeare.

Se você fizer justiça ao Curso e quiser entender o que ele está dizendo, quer concorde com ele ou não, terá que compreender também o significado das palavras e como ele as emprega em seu próprio contexto.

Uma dessas palavras é ‘conhecimento’. O Curso não usa a palavra “conhecimento” como nós a usamos normalmente. O conhecimento se refere apenas a Deus e o mundo do conhecimento não tem nada a ver com esse mundo. O conhecimento não é uma crença ou um sistema de pensamento. 

É uma experiência, e uma experiência que transcende todas as coisas desse mundo. Assim, o mundo do Céu ou o mundo do conhecimento ou o mundo espiritual de Deus são a mesma coisa. 

Quando Um Curso em Milagres fala do mundo do espírito, isso não tem nada a ver com o mundo material. O espírito é a nossa verdadeira realidade, o nosso verdadeiro lar, e mais uma vez não tem nada a ver com a nossa experiência com a realidade aqui.

O conceito central no Céu, ou o mundo do conhecimento, é a Trindade. Falarei brevemente a respeito da definição do Curso para a Trindade, mas em primeiro lugar permitam-me falar sobre uma outra coisa, e essa é uma objeção que muitas pessoas fazem em relação ao Curso: 

Se o tema do Curso, seu pensamento em geral é de natureza universal—que todos somos um—porque ele veio em um formato especificamente cristão?

A resposta para isso faz sentido à luz de um dos princípios fundamentais do Curso: você tem que desfazer o erro onde ele se encontra. Não há dúvida de que a influência dominante no mundo ocidental é o cristianismo. 

Não existiu ainda um sistema de pensamento mais poderoso no mundo, quer você se identifique como um cristão ou não. Não há ninguém nesse mundo, certamente não no mundo ocidental, que não tenha sido profundamente afetado pelo cristianismo. 

Quer nos identifiquemos com o cristianismo ou não, vivemos num mundo cristão. O nosso calendário é baseado no nascimento e na morte de Jesus. No entanto, a cristandade não tem sido muito cristã, o que não precisa sequer ser mencionado ao considerarmos a história das igrejas.

Como o cristianismo teve impacto tão forte no mundo, e ainda tem—e não tem sido um impacto muito cristão—era essencial que os erros do cristianismo fossem desfeitos em primeiro lugar, antes que qualquer outra coisa pudesse ser feita para mudar radicalmente o sistema de pensamento do mundo. 

É por isso, acredito eu, que Um Curso em Milagres veio nessa forma especificamente cristã. Assim sendo, qualquer um que leia o Curso, tendo tido uma base cristã, reconhecerá de início que o cristianismo ao qual o Curso se refere não tem nada a ver com o cristianismo que lhe foi ensinado. 


O Curso, portanto, veio na forma que veio para corrigir os erros introduzidos pelo cristianismo. 

O fato do Curso usar terminologia cristã tem sido uma pedra no caminho de praticamente todas as pessoas que o lêem. É obviamente uma pedra para aqueles educados como judeus, pois aos judeus é ensinado que ‘Jesus’ é uma palavra negativa bem cedo em suas vidas. 

É uma pedra no caminho da maioria dos cristãos porque o Curso expressa uma forma de cristianismo diferente do cristianismo que eles conhecem. Para um ateu, obviamente há problemas também. 

Mais uma vez, não há praticamente ninguém que não venha a experimentar alguma dificuldade com Um Curso em Milagres devido a sua forma. 


Portanto, o fato de ser cristão é deliberado; O propósito é realmente ajudar o mundo a perdoá-lo e a perdoar a si mesmo por suas interpretações equivocadas.


Uma noite, umas duas semanas depois disso, ela ouviu essa voz lhe dizer: “Esse é um curso em milagres. Por favor, tome nota”.